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Greve Geral de 18 de Outubro amplifica mobilização iniciada por petroleiros
França

Greve Geral de 18 de Outubro amplifica mobilização iniciada por petroleiros

Insatisfação popular no país antecede movimento nas refinarias, com protestos contra aumento dos preços, por aumento salarial e aposentadorias

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CSP-Conlutas

Em meio a crise energética e inflacionária que assombra a Europa, na França, petroleiros têm realizado uma campanha forte de luta, com paralisação que já chega há quase 30 dias, enfrentando o governo, a criminalização e perseguição contra os que lutam.

Essa forte greve nacional de petroleiros, iniciada na ExxonMobil em 21 de Setembro, tem secado as bombas de gasolina do país. O movimento atingiu 60% da capacidade de refino.

Agora, junto aos petroleiros, outras categorias de trabalhadores, como ferroviários trabalhadores de usinas nucleares de energia, do setor de educação e saúde têm demonstrado a fúria da classe, e fazem um dia de Greve Geral no país nesta terça-feira (18). 

O dia de luta evidencia nas ruas todos os motivos de descontentamento dos franceses em um só movimento. Além do alto custo de vida, a população tem protestado pelo direiro à aposentadoria.

Apesar de a pandemia de covid-19 ter suspendido os debates sobre o projeto de reforma da previdência na Assembleia, Macron ameaça retomá-lo em seu novo mandato e, com isso, os protestos populares voltaram à cena.

Centenas de manifestações ocorreram em toda a França em Setembro, em um movimento que resgatou a disposição de luta contra a reforma em 2019, que levou o país a uma das mais longas greves da história. 

Basta de exploração!

Enquanto as petroleiras tiveram lucros recordes, as direções das empresas responderam de maneira dura e Macron, obviamente, não exigiu das multinacionais o aumento salarial dos trabalhadores indexado à inflação.

Ao contrário, seu governo reprimiu aqueles que acordam às 4 horas da manhã, que usam os seus corpos e sua saúde para produzir, que ficam doentes, que têm poucos anos de aposentadoria porque seus corpos estão esgotados: usando lei da segunda guerra mundial, passou a exigir um quadro mínimo de funcionamento nas empresas privadas sob pena de prisão dos grevistas que rejeitarem, ferindo o direito constitucional de greve dos trabalhadores. 

E como símbolo da hipocrisia imperialista, o governo voltou a importar petróleo russo, que estava sob sanção internacional, para quebrar a greve.

É preciso expressar apoio às entidades combativas, trabalhadoras e aos trabalhadores que realizam a greve geral na França, em especial petroleiros, usineiros e ferroviários, que lutam por direitos em uma Europa atravessada pela crise energética e inflacionária.

Todo apoio à Greve Geral na França!

 

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