
A categoria metalúrgica de SJC arranca licença remunerada para vítimas de violência doméstica no setor
Reproduzimos aqui uma importante informação dos nossos camaradas de Mulheres em luta, uma organização membro da Central Sindical e Popular Conlutas
Solidaires (CM)
Unir a classe para combater o machismo.
O fechamento do acordo coletivo, este ano, da categoria metalúrgica de São José dos Campos foi marcado por uma conquista inédita e muito progressiva. A garantia de licença remunerada para trabalhadoras vítimas de violência doméstica. A lei Maria da Penha prevê o afastamento sem perda de vínculo por até seis meses, contudo não garante a remuneração.
Muitas mulheres se calam diante da violência sofrida, evitando se ausentar do trabalho ou retornando suas atividades antes de estarem bem, por não ter como se manter sem o salário. Se considerarmos a realidade do Brasil que hoje conta com mais de 14 milhões de desempregados, uma inflação desenfreada que tem feito disparar a carestia e a insegurança alimentar ultrapassa 61% da população, essa medida significa uma mínima segurança para que as mulheres busquem sair dos ciclos de violência.
Cresce a violência machista e a negligência dos governos!
Não é de hoje que o Brasil tem números alarmantes de violência contra a mulher. Ocupamos a quinta posição no ranking internacional de países onde mais se matam mulheres, o primeiro lugar quando se tratam de casos de violência lgbtfóbica e mesmo sendo o segundo país mais negro fora da África, o racismo no país promove todo tipo de agressão e violação de direitos.
Com a chegada de Bolsonaro ao poder, o que era ruim ficou ainda pior. Seu discurso de ódio contra os setores oprimidos se tornou política consciente de desinvestimento e sucateamento dos serviços de suporte às vítimas de violência. Até setembro de 2020, o ministério da mulher, da família e dos direitos humanos, chefiado por Damares Alves, usou apenas metade do orçamento escasso da pasta, mesmo em um ano com muitas demandas devido à pandemia. Em 2021 houve corte de 25% dos valores destinados á política para mulheres.
João Dória, governador do estado de São Paulo, também tem histórico de corte nos serviços e orçamentos de politicas para as mulheres. Em 2017, mesmo com o crescimento de 31% nas denuncias de agressões, o governo cortou verba dos Centros de Defesa e Convivência da Mulher- CDCM, e vetou o projeto que previa o funcionamento 24horas das delegacias especializadas de mulheres.
Em 2020, devido à pandemia e a necessidade do isolamento social, quando muitas mulheres ficaram em casa com seus agressores, foram registradas 105 mil denuncias no disque 180 e disque 100. Diante de números alarmantes, a medida do governo federal foi disponibilizar um número de wathsapp para as mulheres denunciarem. Nenhuma ação que possibilitasse a essa mulher sair de casa e ficar em segurança com seus filhos, nenhuma medida que garantisse o distanciamento do agressor, nenhuma medida que preservasse a vida das mulheres foi tomada, a nível federal, estadual e local.
Unidade da classe para destruir o capitalismo e acabar com a opressão
A conquista arrancada pela categoria metalúrgica, entre tantas, evidencia duas importâncias. Por um lado desmascara o discurso da burguesia e suas instituições, como a ONU Mulher e diversas ONG’s, que promovem campanhas de combate a violência e a desigualdade de gênero, mas no chão da fábrica e em todos os locais de trabalho os patrões fecham os olhos para a realidade das mulheres, seguem explorando a qualquer custo e perseguem aquelas que precisam se afastar do local de trabalho.
A aprovação dessa cláusula não foi fácil, são anos de luta. Assim como não será fácil sua implementação. Muitas empresas ainda resistem em garantir a licença remunerada. Daí a importância de colocar para o conjunto dos trabalhadores, mulheres e homens, que essa batalha não é apenas feminina, mas uma tarefa da classe. Se os governos e patrões negligenciam as vidas das mulheres trabalhadoras, devemos nos unir e exigir os direitos mais elementares. Dessa forma, a categoria estará muito mais fortalecida para enfrentar qualquer ataque e garantir melhores condições de trabalho.
Nossos desafios são muitos. Sabemos que sob o capitalismo todas as nossas conquistas seguem constantemente ameaçadas e só podem ser satisfeitas parcialmente. Por isso, nossa comemoração é tão intensa quanto nossa certeza que devemos seguir lutando até por abaixo esse sistema que lucra com a nossa opressão e construirmos uma sociedade socialista, sem machismo, sem qualquer forma de opressão e exploração.
-* Basta de machismo! Basta de violência contra as mulheres!
-* Sigamos o exemplo dos metalúrgicos de SJC!
-* Licença remunerada do trabalho para vítimas de violência doméstica
-* Aplicação e Ampliação da Lei Maria da Penha
-* Não pagamento da dívida pública. Por mais investimentos em políticas para mulheres!
-* Fora Bolsonaro e Mourão já! Damares não nos representa!
-* Unidade da classe para por fim ao machismo e ao capitalismo!
O fechamento do acordo coletivo, este ano, da categoria metalúrgica de São José dos Campos foi marcado por uma conquista inédita e muito progressiva. A garantia de licença remunerada para trabalhadoras vítimas de violência doméstica. A lei Maria da Penha prevê o afastamento sem perda de vínculo por até seis meses, contudo não garante a remuneração.
Muitas mulheres se calam diante da violência sofrida, evitando se ausentar do trabalho ou retornando suas atividades antes de estarem bem, por não ter como se manter sem o salário. Se considerarmos a realidade do Brasil que hoje conta com mais de 14 milhões de desempregados, uma inflação desenfreada que tem feito disparar a carestia e a insegurança alimentar ultrapassa 61% da população, essa medida significa uma mínima segurança para que as mulheres busquem sair dos ciclos de violência.
Cresce a violência machista e a negligência dos governos!
Não é de hoje que o Brasil tem números alarmantes de violência contra a mulher. Ocupamos a quinta posição no ranking internacional de países onde mais se matam mulheres, o primeiro lugar quando se tratam de casos de violência lgbtfóbica e mesmo sendo o segundo país mais negro fora da África, o racismo no país promove todo tipo de agressão e violação de direitos.
Com a chegada de Bolsonaro ao poder, o que era ruim ficou ainda pior. Seu discurso de ódio contra os setores oprimidos se tornou política consciente de desinvestimento e sucateamento dos serviços de suporte às vítimas de violência. Até setembro de 2020, o ministério da mulher, da família e dos direitos humanos, chefiado por Damares Alves, usou apenas metade do orçamento escasso da pasta, mesmo em um ano com muitas demandas devido à pandemia. Em 2021 houve corte de 25% dos valores destinados á política para mulheres.
João Dória, governador do estado de São Paulo, também tem histórico de corte nos serviços e orçamentos de politicas para as mulheres. Em 2017, mesmo com o crescimento de 31% nas denuncias de agressões, o governo cortou verba dos Centros de Defesa e Convivência da Mulher- CDCM, e vetou o projeto que previa o funcionamento 24horas das delegacias especializadas de mulheres.
Em 2020, devido à pandemia e a necessidade do isolamento social, quando muitas mulheres ficaram em casa com seus agressores, foram registradas 105 mil denuncias no disque 180 e disque 100. Diante de números alarmantes, a medida do governo federal foi disponibilizar um número de wathsapp para as mulheres denunciarem. Nenhuma ação que possibilitasse a essa mulher sair de casa e ficar em segurança com seus filhos, nenhuma medida que garantisse o distanciamento do agressor, nenhuma medida que preservasse a vida das mulheres foi tomada, a nível federal, estadual e local.
Unidade da classe para destruir o capitalismo e acabar com a opressão
A conquista arrancada pela categoria metalúrgica, entre tantas, evidencia duas importâncias. Por um lado desmascara o discurso da burguesia e suas instituições, como a ONU Mulher e diversas ONG’s, que promovem campanhas de combate a violência e a desigualdade de gênero, mas no chão da fábrica e em todos os locais de trabalho os patrões fecham os olhos para a realidade das mulheres, seguem explorando a qualquer custo e perseguem aquelas que precisam se afastar do local de trabalho.
A aprovação dessa cláusula não foi fácil, são anos de luta. Assim como não será fácil sua implementação. Muitas empresas ainda resistem em garantir a licença remunerada. Daí a importância de colocar para o conjunto dos trabalhadores, mulheres e homens, que essa batalha não é apenas feminina, mas uma tarefa da classe. Se os governos e patrões negligenciam as vidas das mulheres trabalhadoras, devemos nos unir e exigir os direitos mais elementares. Dessa forma, a categoria estará muito mais fortalecida para enfrentar qualquer ataque e garantir melhores condições de trabalho.
Nossos desafios são muitos. Sabemos que sob o capitalismo todas as nossas conquistas seguem constantemente ameaçadas e só podem ser satisfeitas parcialmente. Por isso, nossa comemoração é tão intensa quanto nossa certeza que devemos seguir lutando até por abaixo esse sistema que lucra com a nossa opressão e construirmos uma sociedade socialista, sem machismo, sem qualquer forma de opressão e exploração.
-* Basta de machismo! Basta de violência contra as mulheres!
-* Sigamos o exemplo dos metalúrgicos de SJC!
-* Licença remunerada do trabalho para vítimas de violência doméstica
-* Aplicação e Ampliação da Lei Maria da Penha
-* Não pagamento da dívida pública. Por mais investimentos em políticas para mulheres!
-* Fora Bolsonaro e Mourão já! Damares não nos representa!
-* Unidade da classe para por fim ao machismo e ao capitalismo!