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Mulheres, vamos nos levantar! As nossas lutas e exigências nunca serão caladas!

Mulheres, vamos nos levantar! As nossas lutas e exigências nunca serão caladas!

Um apelo internacional de 1000 trabalhadoras francesas das áreas da saúde e social às mulheres da França, dos territórios ultramarinos, da Europa e do mundo inteiro para se mobilizarem através de greves e /ou manifestações nos dias 08 de março e 0

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Solidaires (CM)

Nós mulheres, as primeiras a fazer o trabalho, representamos mais de 85% das
profissões de cuidados, nos hospitais, na assistência social, nas famílias com
idosos ou com crianças em dificuldade.
Enfermeiras, auxiliares, obstetrizes, psicólogas, médicas, educadoras, assistentes
sociais, auxiliares de limpeza, cozinheiras, governantas, nós fazemos os trabalhos
essenciais para a vida e o bem-estar da maioria da população. Queremos que este
trabalho seja reconhecido, respeitado e devidamente pago!
Ontem aplaudidas, hoje desprezadas de novo, desde o início da crise sanitária, nós
mulheres assumimos nos nossos ombros uma grande parte do esforço coletivo
desde o início desta pandemiaglobal! Não nos esquecemos! Nós não desistimos!


Nós, mulheres revoltadas, exigimos um aumento maciço dos nossos salários!
Face a horários de trabalho atípicos, trabalhonoturno, trabalho ao fim-de-semana,
doenças, exclusão social, morte e a degradação das nossas condições de trabalho!

Nós, as mulheres em insurreição exigimos compatibilidade entre o trabalho e a
vida familiar, proteção da nossa própria saúde nas suas dimensões física, mental e
social, e uma consequente extensão da licença de maternidade com remuneração
completa.

Recusamo-nos a permitir que os nossos empregos, os nossos serviços e os nossos
direitos sociais sejam sacrificados ao lucro e à austeridade em nome de uma dívida
que não é a nossa.

Nós, mulheres determinadas, exigimos recursos financeiros e recrutamento
massivo nas profissões de saúde e assistênciae o fim das políticas de austeridade!

Face à crescente mercantilização e privatização da saúde e da assistência social
recusamo-nos a deixar que as empresas multinacionais do setor obtenham lucros
indecentes na saúde e concorram com os nossos serviços públicos.

Nós, mulheres emancipadas, exigimos que todas as instituições de saúde e de
assistência social sejam geridas sem fins lucrativos, porque as nossas vidas valem
mais do que os seus lucros!

Recusamos que lucros indecentes, criminosos e ilegítimos sejam obtidos com a
doença e a morte por multinacionais.

Nós mulheres insistentes exigioso levantamento de todas as patentes de
medicamentos, tratamentos e dispositivos médicos porque sabemos que a saúde é
um bem comum para toda a humanidade!

Recusamo-nos a permitir que os nossos direitos sexuais e reprodutivos sejam postos
em causa por tendências políticas autoritárias, em particular o direito ao aborto e à
contracepção!

Ao lado das mulheres em todo o mundo, exigimos o direito de controlar os nossos
corpos! Exigimos direitos civis, sociais, económicos e políticos iguais!

A violência contra as mulheres tem aumentado no contexto da pandemia, e o
feminicídio segue fazendo vítimas. As mulheres têm sido as primeiras vítimas da
guerra e das atrocidades que a acompanham: violação, êxodo edeslocamentos
forçados.

Nós mulheres, organizadas e unidas exigimos o fim da violência contra as
mulheres! Exigimos o fim do insano aumento dos gastos militares, que agora
chega a mais de 2000 mil milhões de dólares por ano! Exigimos uma redução
imediata das despesas militares a favor dos nossos sistemas de saúde, bem-estar
social e proteção social.


Apelamos a todas as mulheres que trabalham nos sectores da saúde e social
que assinem, transmitam, apoiem, enriqueçam e estendam este apelo, antes,
durante e depois de 8 de Março e 7 de Abril de 2022, e que construam
coletivos "mulheres de pé" em todo o lado!


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