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Após um ano sem respostas, familiares se mobilizam por desaparecidos de Ayotzinapa

Após um ano sem respostas, familiares se mobilizam por desaparecidos de Ayotzinapa

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CSP-Conlutas

A política de contrainsurgência militar não enfraqueceu movimentos sociais e trabalhadores

Um ano se passou e o crime contra os estudantes de Ayotzinapa continua sem respostas e sem que o Estado assuma a responsabilidade pelos assassinatos. Para os familiares daqueles jovens, aquela noite de 26 de setembro nunca acabou.

Segundo movimentos populares, o objetivo do Estado, desde o princípio, é gerar medo e minar a luta social contra a violência e a aplicação de práticas neoliberais por Enrique Peña Nieto.

No entanto, o acontecimento, ao ganhar apoio e olhares internacionais, se tornou simbólico para a luta contra as opressões, a violência de estado e também para outras diversas frentes, e não restou espaço para recuo ou temor.

No dia 15/9, o Grupo de Trabalho sobre Desaparecimentos Forçados ou Involuntários da ONU afirmou que o México é um exemplo de país em que este tema não é tratado com a seriedade necessária e que, desde 2011, em visita anterior do grupo ao país, houve pouco avanço na responsabilização de crimes com este perfil e no amparo ou reparação para familiares de vítimas do Estado.

Embora a visibilidade que teve o caso de Ayotzinapa tenha pressionado o governo mexicano a elaborar a Lei Geral contra Desaparecimentos Forçados, a impunidade ainda é um problema.


Manifestações neste 26/9
Neste último dia 26, manifestações aconteceram no México e em outros países solidários, mostrando a força da luta popular contra o Estado que oprime

Estudantes, professores e organizações de direitos humanos se manifestaram em pelo menos três municípios de Guerrero para exigir do governo respostas sobre os desaparecimentos dos 43 normalistas de Ayotzinapa, bem como em cidades de outros países com Alemanha, Estados Unidos e Brasil.

 

 

 

 

 

 

 

Abertura da Semana de Lutas Contra Violência do Estado - 2015

No dia em que completou 1 ano que o Estado mexicano assassinou 6 pessoas e desapareceu com 43 estudantes da Escola Rural de Ayotzinapa, em São Paulo o Consulado Mexicano amanheceu com um enorme pixo de 43 ocupando todo asfalto. Assim começou a Semana de Luta contra a Violência do Estado, que vai ter várias atividades, entre elas uma manifestação na sexta-feira às 17h, no 2 de outubro que marca 23 anos do Massacre do Carandiru. Pela tarde, segurando cartazes com o rosto de cada um dos 43 - que foram levados vivos, e portanto vivos os queremos de volta – ocupamos a av. Paulista. Em coro, gritamos que se os poderosos e seus grupos armados nos fazem desaparecer, nos prendem, nos matam no mundo todo, nós temos nossa união, nossa resistência. Enquanto a tinta branca no chão dizia que do Carandiru a Ayotzinapa – foi o Estado!, dissemos que não esqueceremos, que não passarão. E a solidariedade à luta de Ayotzinapa, a dor, a raiva e a dignidade dos debaixo contra a violência dos de cima, se espalhou por todo o mundo. Madri, Oslo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Marselha, Londres, Córdoba, a lista é extensa. Se eles globalizam a barbárie, nós globalizamos a resistência.+ VEJA O QUE MAIS VAI TER NA SEMANA:28/09 - Sarau contra a violência do estado + Slam do 13https://www.facebook.com/events/1615966795335388/29/09 - DEBATE PÚBLICO: DESMILITARIZAÇÃO CIDADE.EM.CONTRA.FLUXOhttps://www.facebook.com/events/1795880827305573/30/09 - Que merda é essa? #34: Mulheres encarceradashttps://www.facebook.com/events/1615399662067415/02/10 - Ato em memória aos 23 anos do Massacre do #Carandiru - nem redução, nem Fundação: por uma vida sem grades!https://www.facebook.com/events/1490374431275311/03/10 - Hip-Hop Revolução: o #Rap e o #Reggae são Irmãos!https://www.facebook.com/events/509457239215396/Coletivo de Cobertura da Semana de Lutas Contra a Violência do Estado SP 2015:CARAVANA 43: facebook.com/43porSudamericaCASA MAFALDA: facebook.com/acasamafaldaCMI-GUATEMALA: cmiguate.orgCMI-SP: midiaindependente.orgCOLETIVO DAR: facebook.com/ColetivoDARCOMBOIO: facebook.com/comboiocidadelivreMÃES DE MAIO: facebook.com/maes.demaioMPL-SP: facebook.com/passelivresp#Ayotzinapa1Año#AcciónGlobalPorAyotzinapa!#PorUmaVidaSemGrades!#EraDasChacinas#ContraViolênciaDoEstado!#NossosMortosTemVoz!#NemReduçãoNemFundação!#FoiOestado!

Posted by Nenhum/a a Menos - Semana de Lutas contra a Violência do Estado on Domingo, 27 de setembro de 2015

 


#SomosTodosAyotzinapa
As pistas do paradeiro dos jovens, até o momento, não coincidem com o que sustenta a investigação encabeçada pelo governo mexicano, e o acompanhamento da ONU e da Anistia Internacional reforça a prática de associar mortes como as destes 43 jovens com o crime, em especial o narcotráfico.

A Caravana 43 Suldamerica, que saiu do México com o objetivo de levar a outros países os familiares, amigos e sobreviventes do massacre contra os estudantes de Ayotzinapa, passou pelo Brasil realizando atividades no Rio de Janeiro e em São Paulo.

O caso melhor associado ao que aconteceu em Iguala, no México, foi o de Amarildo, desaparecimento que envolve policiais de uma UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) sem aparecimento de corpo ou responsabilização pelo crime.

Foto: Redes Sociais/Cuartoscuro

 

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