Painel sobre lutas pelo Meio Ambiente marca início do 5º Encontro Internacional da Rede
Participantes da atividade compartilharam experiências de mobilizações em defesa do clima e de sua sustentabilidade
O 5º Encontro da Rede Sindical Internacional de Solidariedade e Lutas teve início no dia 10 de setembro em São José dos Campos, São Paulo, Brasil.
Com representações de 16 países, incluindo Ucrânia, Palestina, França, Reino Unido, Polônia, Estado Espanhol, Catalunha, Itália, Estados Unidos, Togo, Angola, Botsuana, Argentina, Chile, Equador e Brasil, a abertura teve um emocionante ato com músicas de luta de diferentes correntes ideológicas, com os participantes entoando A Internacional, Bella Ciao e A Las Barricadas.
A noite anunciou uma série de atividades para a troca de experiências e o fortalecimento da organização da classe trabalhadora internacional, que vive um importante momento de debate contra o capitalismo e seus efeitos, ataques a direitos, privatizações, demissões, guerras, mudanças climáticas e tantos outros temas que afetam o futuro da humanidade.
O painel sobre Meio Ambiente contou com a participação de Cybèle David, Nara Cladera, Baptiste LS, Jerome Bonnard e Juan Rodriguez.
Cybèle destacou a importância do tema ser discutido e trabalhado no meio sindical, relatando que na central sindical francesa Solidaires o tema é presente há muitos anos tendo uma aceleração real na tomada de consciência com a pandemia de covid-19.
Baptiste LS compartilhou sobre uma luta importante pela defesa de um valor comum: a água. “Estivemos mobilizados na segunda zona mais úmida da Europa que fica em Saint Solines. Lutamos e enfrentamos dura repressão policial, que atacou ativistas com armas e contingente de guerra”. Essa luta é a de milhares que denunciam os danos das chamadas bacias artificiais.
Jerome Bonnard interveio logo após Baptiste sobre o mesmo assunto, frisando que “essas bacias são construídas com 75% de dinheiro público e servem apenas aos setores privados, que ficam com o dinheiro. Um clássico do sistema capitalista", adicionou.
Juan Rodriguez compartilhou o processo de lutas no Equador com o desfecho do plebiscito popular que decidiu por suspender a exploração de petróleo no Parque Nacional Yasuni, uma área de floresta amazônica na fronteira com o Peru. "Uma das maiores causadoras das mudanças climáticas é a emissão de carbono e a extração de petróleo é responsável por 32% dessas emissões", pontuou o dirigente.
Intervenções fecharam a atividade que expressou a importância da solidariedade internacional e a união de classe para selar o compromisso contínuo por um futuro mais justo e sustentável para a humanidade.