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Liberdade para Maksym Butkevych!
Ucrânia

Liberdade para Maksym Butkevych!

Condenação russa equivale a uma sentença de morte disfarçada

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Rede Européia de Solidariedade com a Ucrânia

Na sexta-feira,10 de março, a mídia russa noticiou que três prisioneiros de guerra ucranianos, incluindo Maksym Butkevych, foram "condenados" por crimes de guerra pelos "supremos tribunais" de Donetsk e Luhansk "Repúblicas Populares" da Federação Russa. Penas de 13 anos para Maksym, 18 anos e 6 meses para Vladislav Chel e 8 anos e meio para Viktor Prokhozei. Estas "sentenças" anunciam outras.

Maksym Butkevych é um prisioneiro há anos muito conhecido, na Ucrânia e internacionalmente, como defensor dos migrantes - ele havia colaborado com o ACNUR (Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados) - como defensor dos direitos humanos e antifascista. Ele coordenou a campanha europeia em defesa dos presos da Crimeia Oleg Sentsov e Alexandr Koltchenko, que foram libertados das prisões russas em 2019. Estudante de longa data e ativista da sociedade civil na Ucrânia, defendeu ideias libertárias para um mundo sem dominação e opressão. Ele também é um jornalista conhecido: fundou a Hromadske Radio, colaborou com a BBC World Service e vários canais ucranianos. Anti-militarista convicto, decidiu, no entanto, juntar-se ao exército ucraniano para a defesa do povo e dos civis, em março de 2022, tendo participado da libertação de Boutcha.

Uma sentença de morte disfarçada
Preso desde junho de 2022, a propaganda russa o retratava como "nazista" e "fascista", se utilizando de calúnias destinadas a preparar o "julgamento de Moscou" em Luhansk, realizado em 10 de março de 2023. Ele foi acusado de ter disparado um lança-foguetes contra civis em Severodonetsk em 4 de junho de 2022. De acordo com 12 organizações de direitos humanos ucranianas e bielorrussas, a Hromadske Radio e o centro de direitos humanos Zmina, sua unidade nunca foi implantada em Severodonetsk.

Esta acusação infame foi feita para que um defensor dos direitos humanos conhecido tanto na Ucrânia quanto na Rússia fosse retratado como um "nazista". Como aponta a Anistia Internacional, a verdadeira violação da "lei da guerra" é a falta de qualquer julgamento justo para os prisioneiros de guerra. E a sentença de 13 anos nos porões do regime de Luhansk, se aplicada a Maksym e seus companheiros prisioneiros, equivale a uma sentença de morte disfarçada.

O Comitê francês da Rede Europeia de Solidariedade com a Ucrânia (RESU) já havia lançado uma campanha no outono passado, durante a qual muitas organizações democráticas, políticas, associativas e sindicais, representantes eleitos e personalidades haviam tomado posição para exigir a libertação de Maksym Buktevitch. Todas estas instituições e figuras públicas devem fazer ouvir novamente suas vozes: é urgente! A pressão da opinião pública democrática é indispensável para salvar Maksym e os outros prisioneiros condenados pelos tribunais fantoches ou que estão nas mãos do exército russo.

Essas vidas podem ser salvas. A libertação desses ativistas deve se tornar um símbolo da causa da verdade contra a "mentira triunfante que passa" (Jaurès), por verdade e justiça! Liberdade para Maksym Butkevych e outros prisioneiros do exército russo!

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