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Em nova campanha de repressão, China prende 55 ativistas pró democracia em Hong Kong

Em nova campanha de repressão, China prende 55 ativistas pró democracia em Hong Kong

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CSP-Conlutas

Nos dias 6 e 7, em mais uma campanha repressiva do governo de Pequim, a polícia chinesa realizou buscas simultâneas em 72 locais, apreendendo equipamentos e detendo ativistas pró democracia, denominados "subversivos".

 

O "crime" dos ativistas presos é em verdade a tentativa de utilizar o direito constitucional para a candidatura às eleições legislativas, inicialmente marcadas para 6 de setembro.

 

Vale lembrar que a insegurança de Pequim vem de longa data. Ano passado, no último momento, as eleições foram adiadas para 2021 pelo governo, que temia perder as eleições.

 

Repressão

Este é o primeiro grande ataque realizado de acordo com a Lei de Segurança Nacional, elaborada na capital chinesa e promulgada em Hong Kong em 30 de junho de 2020.

 

Essa lei, considerada por diversas organizações e entidades sindicais e todo o mundo como "liberticida", dá a possibilidade de mandar para a prisão, em condenações de muitos anos, qualquer cidadão que desagrade as autoridades.

 

Lutar não é crime

Dentre os perseguidos detidos, oito são mulheres. Apenas alguns tiveram a possibilidade de solicitar liberdade via pagamento de fiança.

 

A Rede Sindical Internacional de Solidariedade e Lutas denuncia que entre os presos estão Carol Ng, presidente do sindicato central HKCTU, Winnie Yu, presidente do sindicato dos trabalhadores da saúde pública (HAEA), e Lau Hoi-man do sindicato de profissionais em saúde e enfermeiros de Hong Kong (Allied Health Professionals and Nurses Association).

 



 

"Querer usar o direito de concorrer às eleições é, para o poder de Pequim e seus fantoches de Hong Kong, sinônimo de "subversão", "terrorismo", "conluio com forças estrangeiras", etc. Tudo isso diz muito sobre a concepção de democracia do governo, bem como a recusa em levar em conta as demandas expressas pela grande maioria dos cidadãos de Hong Kong, que foram às ruas por mais da metade do ano em 2019", aponta a Rede.

 

A Rede Sindical Internacional de Solidariedade e Lutas expressa total solidariedade a todos os presos. Exige a libertação imediata de todos os presos políticos e a anulação dos dos processos contra eles.


Foto Destaque: Quartz

 

 

 

 
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