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Angola: Ditadura do MPLA desencadeia novos ataques contra jovens ativistas

Angola: Ditadura do MPLA desencadeia novos ataques contra jovens ativistas

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Solidaires (CM)

Na sequência da greve dos taxistas ocorrida em 10 de janeiro, onde uma grande manifestação popular culminou com a queima do Comitê do MPLA no bairro Benfica/Luanda e de um ônibus em Viana, a polícia prendeu 104 cidadãos com a alegação de que estavam envolvidos nos atos. Os cidadãos só foram liberados na sequência de julgamentos sumários após dois dias de suas arbitrárias detenções.

À seguir, o governo resolveu prender os ativistas que são reconhecidos por sua oposição à ditadura do MPLA. No dia 13 de janeiro, foi preso em sua residência o ativista Luther Campos, após uma campanha nos jornais da televisão pró governo em que tentavam incriminá-lo, e sob a acusação de que Luther instiga a revolta popular. No dia 14, o ativista Tanaice Francisco “Neutro” foi a Comissária de Polícia para ter informações sobre Luther, e foi preso também, alegadamente por que estaria arrolado no mesmo processo. No dia 15, o Ministro do Interior, Eugênio Sérgio Laborio, acompanhado do comandate da Polícia Nacional, e o chefe do Serviço de Investigação Criminal (SIC), foram aos meios de comunicação anunciar que novas prisões serão efetuadas nos municípios de Luanda, Cacuaco, Cazenga e Viana.

Neste ano ano ocorrerão eleições – que normalmente são uma fraude montadas pelo MPLA – e o governo pretende calar os protestos e as manifestações com repressão e prisões, como fazem todas as ditaduras. A violência se explica também pelo avanço da crise econômica, do aumento dos escândalos de corrupção e pela piora da vida da população aceleradas pela nova onda da COVID-19, que está levando ao colapso do sistema de Saúde angolano.

A Rede Sindical Internacional repudia toda a repressão, ameaças e prisões contra os ativistas em Angola e exige a imediata liberdade para Luther e Tanaice, e responsabiliza o governo do MPLA pelas condições de saúde destes lutadores sociais. E conclama a todas as lideranças sindicais e sociais a exigirem a liberdade imediata dos referidos ativistas e o fim da ditadura sanguinária do MPLA.
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